quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Luz difusa.

Há muito tempo que se estabeleceu entre mim e a cidade de Évora uma espécie de relação amor/ódio que não consigo explicar.
Quando estou longe, sinto uma saudade que me provoca uma dor que por vezes é quase física.
Por outro lado quando lá estou chego a detestá-la.
Ao pintar esta aguarela tentei como que vingar-me, dando-lhe uma luminosidade e umas cores que não são as suas, a partir de uma vista fisicamente impossível.
Não demorei muito a perceber que não tinha conseguido o meu intento, porque a sua enfeitiçante beleza, permanece perene, imutável.   

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Florença, o assombro da capital do Renascimento.

Aqui estou eu, a tentar falar de Florença sem cair na tentação do lugar comum das adjectivações costumeiras, após o regresso de uma viagem de férias àquela que é mundialmente conhecida como a capital do Renascimento.
A tarefa não se afigura fácil, é que quase sem nos apercebermos, já estamos a falar de Miguel Ângelo, Botticelli, Rafael, Donatello, Maquiavel, Dante, Brunelleschi, Vasari.... .
Emoções, tantas e tão variadas. Umas partilhadas, outras que guardamos só para nós.
Duas no entanto sobressaem acima de todas, o sereno poder do David de Miguel Ângelo e a beleza de Simonetta, imortalizada na tela por Botticelli na sua Vénus.
Quanto à cidade em si, as lembranças, permanecem algo difusas... recordações de uma imensa Babel.